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Não, você não está louca: os relacionamentos estão difíceis

Neste post, exploramos os desafios dos relacionamentos líquidos, os sinais ocultos dos relacionamentos tóxicos e narcisistas e os famosos red flags que muitas vezes confundimos com paixão. Amor-próprio não significa que você nunca vai se envolver em relacionamentos tóxicos ou cruzar o caminho de pessoas narcisistas. Mas significa que você desenvolve clareza para reconhecer os sinais, entender os padrões e não se perder neles. 💫

RELACIONAMENTOS

Talita Queiroz

9/11/20254 min read

Quantas vezes você já se perguntou se estava exagerando, sendo “difícil demais” ou até mesmo “louca” por desconfiar do comportamento de alguém? A verdade é que não é você. Os relacionamentos estão cada vez mais complexos, e muitas vezes acabamos normalizando sinais que deveriam ser alertas.

Vivemos a era dos relacionamentos líquidos, como descreveu Zygmunt Bauman: conexões frágeis, superficiais e descartáveis. Em vez de vínculos profundos, muita gente prefere a leveza do que não exige entrega. Isso cria uma sensação constante de insegurança e instabilidade.

É como se as pessoas tivessem se perdido entre egocentrismo e dependência emocional: ou se entregam demais, ou descartam muito rápido. Mas qual seria o problema dessa geração? Será que é tudo culpa do Tinder? Rs, brincadeira.

E para complicar, nesse cenário aumentam os encontros com pessoas narcisistas, que sabem seduzir, manipular e sugar energia emocional.

Mas calma, existe luz no fim do túnel. A boa notícia é que dá para caminhar por esses relacionamentos líquidos com consciência e amor-próprio. O primeiro passo é identificar os sinais de alerta, para não se deixar levar pelos encantos de um narcisista e pelos famosos lovebombings.

   8 red flags de um relacionamento tóxico 🚩
  1. Falta de cuidado
    Eles simplesmente não conseguem se colocar no seu lugar. Você se abre, espera empatia, e recebe indiferença ou respostas mecânicas. É aquele tipo que parece presente, mas quando você realmente precisa, desaparece ou minimiza seus sentimentos.

  2. Necessidade de controle
    Querem ditar como você deve agir, vestir, se expressar ou se relacionar. É sutil no começo: um conselho aqui, uma opinião insistente ali, até você perceber que tudo precisa passar pelo filtro deles. Você começa a duvidar de si mesma sem perceber.

  3. Manipulação sutil
    Eles distorcem fatos e usam suas palavras contra você, fazendo você se sentir constantemente errada. É aquele tipo de situação que parece confusa, onde você tenta justificar comportamentos deles e no fim fica com a sensação de que está exagerando ou imaginando coisas.

  4. Carisma exagerado no início
    Aqui entram os famosos lovebombings: eles chegam como protagonistas de um filme romântico. Surpresas, mensagens constantes, ligações que fazem você se sentir especial, atenção total. Tudo perfeito… até que começam a desaparecer sem explicação clara, ou a mudar de comportamento tão rápido quanto apareceram. É o ciclo de “intensidade que vicia”, e você percebe a primeira sombra de inconsistência.

  5. Desvalorização constante
    Eles têm o dom de minar sua confiança sem que você perceba de imediato. Pequenos comentários, indiretas, gestos que diminuem você — de repente, você se pega perguntando se está exagerando, se é dramática demais, se é insuficiente. Mas não é você, é o padrão deles.

  6. Dificuldade em assumir erros
    Tudo sempre tem uma justificativa, uma desculpa ou alguém para culpar. Nunca há responsabilidade real. Você acaba explicando coisas que nem precisaria, tentando consertar situações que não são suas, e o desgaste emocional cresce sem que eles sequer percebam.

  7. Ciclo de idealização e descarte
    Um dia você é o centro do universo, no outro é ignorada. Eles alternam atenção e afastamento, carinho e frieza, criando confusão emocional. Esse padrão desgasta e vicia, fazendo você justificar comportamentos que nunca deveriam ser normais.

  8. Centro do universo
    Tudo que você tenta compartilhar sobre você, seu dia ou sua vida, de alguma forma ele consegue trazer a conversa de volta para si mesmo. Não há troca verdadeira, apenas um deslocamento do foco para a vida dele, ignorando suas necessidades ou experiências. Você se sente invisível enquanto ele ocupa todo o espaço emocional da relação.

Além de todos esses sinais, vale lembrar: qualquer comportamento que te deixe confusa, se questionando o tempo todo se o relacionamento vale a pena, se você está feliz ou satisfeita, já é um alerta. Se você sente desconforto, carência e insegurança porque a pessoa faz jogos emocionais, some e depois volta, te deixa em dúvida, promete mundos e fundos mas entrega migalhas, isso não é amor. Quando alguém fala de planos e futuro, mas as ações não sustentam as palavras… quando num dia você é a mulher incrível da vida dele e no outro parece que não tem importância nenhuma… isso é o famoso ciclo de confusão emocional.

E aqui vai a verdade dura, mas necessária: isso não significa afeto. Significa abuso emocional disfarçado de amor.

Reconhecer esses padrões é o primeiro passo para se libertar e se escolher em primeiro lugar.

E o mito dos opostos?

Muita gente acredita que os opostos se atraem, mas na realidade, no campo do amor, é a afinidade de valores e visão de mundo que sustenta um relacionamento saudável. A química inicial pode ser intensa, mas se não houver respeito, alinhamento e maturidade, o fogo apaga rápido e ainda pode deixar cicatrizes.

No fim, a conexão genuína não precisa de esforço. Ela acontece de forma natural. Você não fica quebrando a cabeça para entender se gosta ou não da pessoa, simplesmente sente. O sentimento é leve, há correspondência, existe troca. Mesmo que um medinho ainda apareça, a sua intuição sussurra que está tudo bem. Da mesma forma, ela também avisa quando não está.

O poder do amor-próprio

Saber quem merece estar ao seu lado começa pelo jeito que você se trata. O amor-próprio é a chave para não aceitar menos do que você merece.

Quando você reconhece seu valor:

  • não se contenta com migalhas emocionais,

  • não confunde manipulação com paixão,

  • não se perde em quem não sabe somar.

Amar a si mesma é saber colocar limites, cultivar o respeito próprio e reconhecer que sua energia é sagrada. Amor-próprio não significa que você nunca vai se envolver em um relacionamento tóxico ou que nunca vai sofrer por alguém. Significa que você tem consciência dos padrões e consegue perceber quando algo está errado para escolher medidas mais saudáveis para si.

Ter amor-próprio é como ser a própria médica da alma: quando surge a dor, você identifica os sintomas, entende a raiz do problema e inicia o processo de cura.

Então Não, você não está louca. Os relacionamentos estão difíceis porque muita gente ainda não aprendeu a se responsabilizar por si mesma. Mas você pode aprender a se proteger, se fortalecer e escolher quem realmente vale a pena estar ao seu lado.

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